Celebrar o 25 de Abril é também olhar para o percurso feito e tomar consciência de quanto se descolonizou, se democratizou, se desenvolveu… e de quanto está por fazer, perante velhas e novas circunstâncias e desafios.
O ano passado publicamos um artigo escrito pelo Nuno no 20º aniversário de uma das experiências mais envolventes e articuladas do pós-25 de Abril: o SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local). A sua duração foi curta, mas a sua inspiração é duradoura.
Este ano lembramos a transferência forçada de populações do Vale de Alcântara, em 1966, nas vésperas de inauguração da nova ponte sobre o Tejo, através da transcrição de um folheto clandestino, distribuído no local, não assinado, mas cuja autoria o Nuno assumiu depois do 25 de Abril.
A tentação é grande de compararmos esta experiência com os desalojamentos que hoje prosseguem – o que mudou, o que permanece? Continua por concretizar o Direito à Habitação.