Arquitetura

Trabalha em associação com Nuno Portas (1957-1974)

1954

Assuntos pessoais
Nascimento do segundo filho, Miguel, em Lisboa
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1956

Arquitetura
Participa no “Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa” (1956-1958)

1957

Assuntos pessoais
Nascimento da terceira filha, Helena, em Lisboa
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Arquitetura
Trabalha em associação com Nuno Portas (1957-1974)
 
Arquitetura Prémios
Projeta prédios de habitação social nos Olivais Norte I, em Lisboa. Com Nuno Portas e António Pinto de Freitas (1957-1961)

1962

Arquitetura Igreja católica Prémios
Participa no concurso para a construção da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa. Com Nuno Portas. 1º Prémio (1962-1976)

1963

Atividade política
É co-fundador da publicação clandestina Direito à Informação (1963-1969)
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Nuno Portas destaca-se entre os colaboradores do atelier de Nuno Teotónio Pereira, enquanto co-autor de inúmeros projetos, neles introduzindo questões conceptuais inovadoras, entre teoria e prática, a partir das suas experiências paralelas, quer como crítico de Arquitectura (na revista Arquitectura), quer como investigador da Laboratório Nacional de Engenharia Civil (na divisão de Construção e Habitação).” (TOSTÕES, Ana; GRANDE, Nuno. Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas. Colecção Arquitectos Portugueses, série 2, vol.6, 2013)

Disse Nuno Teotónio Pereira: “Falar de Nuno Portas é de facto para mim, uma pesada responsabilidade, por temer ficar aquém do que é a sua figura e do que devemos ao seu trabalho e à sua maneira de estar, de pensar e de agir. Mas é também gratificante pelo que intensamente fizemos juntos e pelo que temos aprendido um com o outro. (…)

A primeira metade deste [seu] trajecto conheço-a eu bem, pois trabalhámos juntos em diversos campos com total cumplicidade. E posso dizer, a propósito que, de entre os colegas que passaram pelo escritório da Rua da Alegria – alguns de comprovado e reconhecido talento – Nuno Portas foi o mais brilhante, tanto no domínio do pensamento e da concepção, como na rica capacidade criadora de formas e expressões.

(… ) como não falar de projectos por ele liderados e que marcaram a Arquitectura dos meados do século, sempre com o contexto urbano bem presente? E do Plano do restelo, em que recuperou revolucionariamente o «traçado» – tema que tem explorado e desenvolvido nas últimas décadas? E do pioneiro papel da revista «Arquitectura», em co-direcção com Carlos Duarte? E da criação e desenvolvimento do Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC integrando estas disciplinas naquela fortaleza das Engenharias? E da produção continuada, que tem mantido pela vida fora, de relatórios de investigação e de textos críticos, abrangendo um vasto leque de matérias, acompanhada da participação frequente e activa em colóquios, seminários, cursos e congressos. E depois, com responsabilidades governativas, da criação e dinamização do SAAL, dos GAT e dos embriões dos GTL? E ainda da fecundidade do trabalho na direcção dos «Cadernos Municipais»? (…)

Mas é aqui que julgo ser necessário acrescentar mais alguns dados a respeito da sua personalidade: a insatisfação permanente face aos objectivos alcançados, aliada a uma extraordinária capacidade de trabalho, que o levam a aprofundar sempre os estudos já desenvolvidos; a coragem em contrariar, de peito aberto, ideias feitas e conclusões simplistas ou redutoras, o que o expõe com frequência à controvérsia; a necessidade de partilhar e comunicar, abrindo constantemente frentes de debate e discussão, sacudindo a inércia das instituições e abrindo caminho a novos horizontes. Finalmente, a firmeza das suas convicções, que resulta de um confronto constante com realidades escondidas ou contraditórias, mas que se lhe impõem como norma de conduta através da profundidade do seu pensamento e dos fundamentos do seu saber.” (Alocução na sessão de homenagem a Nuno Portas na Cooperativa Árvore, Porto, 8 out. 2004).


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Ver É doutorado Honoris Causa pela Universidade do Porto