Arquitetura Centenário Eventos

Da arquitetura do Estado Novo ao Bloco das Águas Livres

Este quarto passeio organizado pelo Fórum Cidadania Lisboa no âmbito do centenário é temático, inspirado em trabalhos do Nuno sobre a arquitetura no tempo de Salazar, nomeadamente “duas comunicações que apresentei (…), a primeira em colaboração com o arquitecto José Manuel Fernandes ao Colóquio sobre o Fascismo em 1980 (A Regra do Jogo) e a segunda a um outro já chamado significativamente sobre o Estado Novo, alguns anos mais tarde (Editorial Fragmentos, 1987)”.

No artigo sobre esta questão escrito para o jornal Público em 1993, a interrogação de partida era: “Foi o salazarismo um fascismo?” Através do exame da Arquitectura então produzida, a resposta está condensada no último parágrafo: “Hoje, passado que vai meio século, pode e deve fazer-se uma reavaliação do que foi a Arquitectura do Estado Novo, ressaltando daí alguns aspectos positivos, como a solidez dos processos construtivos, com largo emprego de alvenarias de pedra e cantarias, materiais que resistem bem ao tempo, por oposição ao betão armado, bandeira dos modernistas, que se julgava então perene e que hoje apresenta com frequência preocupantes patologias de envelhecimento. Mas do que não pode haver dúvida é de que a instrumentalização da Arquitectura, através de métodos administrativos limitando a liberdade de expressão dos projectistas, revela uma faceta claramente totalitária, prova de que existiu uma componente fascista hegemónica, pelo menos num longo período, no regime de Salazar.

Veja o artigo completo aqui.

No sábado, 25 de junho, teremos a oportunidade de saber mais, durante o percurso guiado pelo arquiteto José Manuel Fernandes. O encontro está marcado para as 11h, no topo sul da Rua Dom João V (nº 2). Não é necessária inscrição, basta aparecer.

O passeio de Julho, no dia 16, será às vilas operárias de Lisboa.


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