Também festejamos os 50 anos do 25 de Abril! Dedicamos-lhe o Destaque deste ano.
O melhor do 25 de Abril, escreveu o Nuno em 1994, foi “o facto de ter sido ultrapassado o pronunciamento militar por um impetuoso movimento popular, dando um cunho revolucionário ao 25 de Abril. Expoente emblemático deste acontecimento foram as manifestações do 1º de Maio de 1974, realizadas de norte a sul do País, exprimindo a alegria colectiva do encontro com a liberdade conquistada.”
Juntámos o discurso do Nuno no 1º de Maio de 1974, e 3 intervenções que preparou para assinalar os 10 e os 20 anos do 25 de Abril: sobre a libertação de Caxias dos presos políticos, entre os quais se encontrava (1984); sobre “os dez melhores e os dez piores resultados do 25 de Abril” (resposta a um inquérito) e sobre “o movimento cristão contra a guerra colonial” (1994).
Revisitámos o livro “Portugal: um guia para o processo”, ideia que concretizou em agosto de 1976, em co-autoria com Diogo Mesquita Quintela e Frederico Paula (ilustrações) “com vista a poder fornecer uma informação rápida e sintética sobre alguns aspectos do processo desencadeado em Portugal com o 25 de Abril.” Dele selecionámos um dos seis capítulos, “A geografia do processo”: “Pequeno Atlas socio-político da terra portuguesa, pondo em evidência certos aspectos que têm condicionado de algum modo o comportamento das populações e assinalando as zonas com mais forte incidência no processo.” São 17 mapas, desenhados pelo Nuno que, como se sabe, era um apaixonado pela Geografia e por tudo o que ela nos ensina a descobrir (clique nas imagens, para as aumentar; ainda vamos melhorar a legibilidade das legendas).
Bom reencontro com o 25 de Abril, com tudo o que nos deu e o muito que há a fazer. A luta continua.