O jornalista Tiago Beato dedicou-se a “mostrar o país, o contexto em que se vivia em Portugal , mês a mês, no último ano antes da Revolução de Abril. Para recordar, mas, sobretudo, para entender”, como escreve Miguel Szymanski, que prefacia a obra 1973: uma cronologia do Ano Zero. Os factos, as figuras e os figurantes do último ano do Estado Novo, editada pelo grupo editorial Penguin Random House.
Cada mês é antecedido por uma fotografia. A de novembro é do Nuno, fotografado na prisão de Caxias, já depois dos primeiros espancamentos, como se pode ver. Entre muitos outros acontecimentos de natureza social, cultural, económica e política desse mês, o texto lembra que “Os padres José da Felicidade Alves e Abílio Tavares Cardoso, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira e o estudante Manuel Mendes Mourão , julgados no Tribunal Plenário de Lisboa «por actos contra a segurança do Estado», são absolvidos do Caso GEDOC por as acusações do Ministério Público, de «associação ilegal» e de «incitamento à desobediência colectiva», terem sido consideradas «totalmente improcedentes»”. (…) “Passados apenas nove dias, Nuno Teotónio Pereira é de novo preso, desta vez juntamente com elementos do grupo do Boletim Anti-Colonial (BAC). Vai ser torturado no forte de Caxias e só será libertado após a Revolução.”
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