Inaugurada a 13 de dezembro de 2023 na Assembleia da República, com coordenação científica de António Marujo, e patente até 28 de fevereiro de 2024, a exposição pretende assinalar as duas décadas da Lei 6/2001, de 22 de Junho, mas vai muito para além disso. Começa por evocar onze marcos da História portuguesa relacionados com o tema, detendo-se depois no percurso entre a I República e a atualidade, que inclui testemunhos, entrevistas e diversos questionamentos.
Há excertos de entrevistas inéditas de Maria da Conceição Moita, Luís Moita e Nuno Teotónio Pereira ao jornalista Jacinto Godinho e à historiadora Irene Pimentel para a RTP, no quadro da secção sobre “As dissidências” no seio da Igreja Católica durante a ditadura.
O Nuno é ainda lembrado na secção que recorda uma série de pessoas “que lutaram por ela” [a liberdade religiosa].
No livro Os caminhos da liberdade religiosa em Portugal, a que a exposição deu origem, António Marujo dedica o texto inicial “a frei Bento Domingues, que continua a ensinar-nos a liberdade. E também à memória de todos os que aqui são evocados porque lutaram pela liberdade religiosa, nomeadamente Nuno Teotónio Pereira, Dimas de Almeida, Luís Moita, Conceição Moita, Manuela Silva e Lourdes Pintasilgo. Nos 50 anos do 25 de Abril de 1974 , os caminhos da liberdade que eles e elas nos ajudaram a abrir só podem ser percorridos por cada vez mais pessoas“.